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O Pagador de Promessas é conhecido por trazer assuntos relacionados a conflitos rurais e urbanos que eram muito comuns na década de 50 e 60 ao longo da onda de modernização. Esses conflitos envolviam o embate entre crença popular, sincretismo, dogmatismo, ritualismo rigoroso e burocratização da igreja.
Na obra também é possível notar a crítica à corrupção, especialmente no ponto em que o autor tangencia o tema reforma agrária, que era um dos temas em debate na época. Pagador de Promessas possui as questões das reportagens sensacionalistas também demonstram o descaso e o desconhecimento dos meios de comunicação em relação a distribuição de terras.
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O Pagador de Promessas – Resumo Pronto
A história inicia na década de 60, na Bahia, com uma promessa de Zé do Burro, pedindo a Santa Bárbara que salvasse o burro que fora gravemente ferido em uma árvore. No entanto, a promessa foi feita em uma cidade onde não havia nenhuma igreja dedicada à santa.
Para pagar a promessa, Zé do Burro deve caminhar até as léguas do sertão baiano até Salvador, acompanhado por sua mulher, Rosa. Ao chegar em Salvador, Zé e sua mulher se alojam na escadaria da igreja dedicada a Santa Bárbara, no entanto, são abordados por Bonitão que se aproveita da ingenuidade de Zé para seduzir Rosa.
Como a promessa fora feita por um terreiro de candomblé a lansã, o padre impede que Zé entre na igreja. Ignorando todos os pedidos para que partissem, Zé acaba se tornando um dos principais assuntos da cidade por um repórter sensacionalista que o descreve como um messias apoiador da reforma agrária.
Marli, apaixonada por Bonitão, soube que o mesmo passou uma noite com Rosa, e contou a Zé, que por sua vez, começa a dar vazão a sua revolta. Para se livrar de Zé e ficar com a sua esposa, Bonitão convence um policial de que a imagem descrita de Zé pelo jornal é verídica.
A insistência de Zé era tão grande que o monsenhor acaba se convencendo de que a melhor maneira para revolver isto é refazendo a promessa, desta forma Zé poderia concluir a sua jornada, no entanto, o mesmo se enfurece e acaba sendo autuado pelas autoridades locais.
Recusando-se ser detido, tenta entrar a todo custo na igreja com a cruz e acaba sendo assassinado.
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O Pagador de Promessas – Adaptações
Por se tornar popular, houve uma adaptação de Pagador de Promessas em formato de minissérie pela Rede Globo. Ela foi ao ar entre 5 e 15 de abril de 1988, às 22h30.
Apesar do formato original possuir 12 capítulos, a minissérie teve que ser reeditada em função da Censura. Houve também uma adaptação cinematográfica em 1962, com a direção de Anselmo Duarte, sendo até hoje, o único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A minissérie de Pagador de Promessas foi reapresentada 3 vezes pela Rede Globo, sendo a primeira no Vale a Pena Ver de Novo (1991), e entre 18 e 21 de maio de 1999 em uma versão compactada em 4 capítulos. A última exibição foi feita no especial Luz, Câmera, 50 anos em janeiro de 2015 cujo o formato foi adaptado para um longa-metragem. O elenco contava com atores como:
- José Mayer – Zé do Burro
- Denise Milfont – Rosa / Iansã
- Walmor Chagas – Padre Olavo
- Nelson Xavier – Bonitão
- Joana Fomm – Marli
- Guilherme Fontes – Aderbal
- Osmar Prado – Padre Eloy
- Carlos Eduardo Dolabella – Tião Gadelha
- Harildo Deda – Romualdo
- Mário Lago – Dom Germano
- Stênio Garcia – Seu Dedé
- Yara Lins – Dona Teca
- Diogo Vilela – Lula
- Lúcio Mauro – Dr. Quindim
- Zeny Pereira – Mãe Maria de Iansã
- Maria Alves – Coló
- Vicente Barcellos – Padre Cipriano
- Jorge Cherques – Dom Romário
- Emiliano Queiroz – Zarolho
- Regina Dourado – Branca
- Joel Barcellos – Caveira
- Ângela Figueiredo – Alice Gadelha
- Antônio Grassi – Pedro Santana
- Yara Cortes – Dona Dagmar
- Ilo Krugli – Galego
- Jofre Soares – Jofre
- Ênio Santos – Rupió
- Felipe Pinheiro – Padre Mário
Cada capítulo tinha aproximadamente 50 minutos.